18/10/2011 - Piscina natural
18/10/2011
Princípios de sustentabilidade nortearam este projeto na capital paulista, em que peixes e plantas dão mais vida a água, livre de impurezas e de cloro: uma verdadeira lagoa privativa
Em meio a um jardim de 600 m2, este tanque de pastilhas verdes de resina surpreende pela presenca de peixes e plantas aquáticas. "O morador fez questão de aderir a tecnologia sustentável", diz o paisagista Roberto Ferrari, sócio do engenheiro agrônomo André Bailone na Itubanaiá Soluções Ambientais, empresa que responde pelo projeto.
Noventa
metros quadrados de telhado verde vestem a cobertura metálica da
academia de ginástica, em frente ao jardim. Sobre a superfície original,
sobrepõem-se uma camada de isopor, outra de substrato orgânico e, por
fim, uma tela sintética coberta de grama-amendoim |
Planejada
com diferentes profundidades para possibilitar usos variados, a piscina
de 100 m2 dispensa a adição de cloro na limpeza. Assim, o sistema de
purificação permite que peixes e plantas vivam ali sem que contaminem o
meio. Mas as medidas ecológicas não se restringem a isso.
A
irrigacão do jardim emprega água captada da chuva e controlada por uma
estação meteorológica. Esse recurso, totalmente automatizado, regula a
intensidade da rega de acordo com a umidade atmosférica e o tipo de
solo. Todos saem ganhando. A natureza é poupada e os moradores não
precisam se preocupar com uma manutencao diária - usam o tempo para
desfrutar desta adorável lagoa particular.
COMO FUNCIONA
O TRATAMENTO BIOLÓGICO
Sem a ação do cloro, peixes e
plantas podem habitar a piscina. Para evitar o surgimento e a
proliferacao de fungos e bactérias, bombeia-se a água para um reator de
ozônio. Na etapa seguinte, o ozônio é removido por um filtro de carvão
ativado. Uma câmara de UVX (ultravioleta extremo) finaliza o processo,
que transcorre na casa de máquinas. Enquanto isso, parte da água segue
para reservatórios com aguapé, planta aquática cujas raízes filtram o
fósforo e o nitrogênio, responsáveis pelo crescimento das algas.
Ilustração
Fábio Flaks |
"Só uma fração do volume da piscina passa por esse sistema, conhecido como wetland: o suficiente para que se mantenham baixos os níveis de fósforo e nitrogênio", explica Claudio Gonzales, da empresa especializada Purificall. O custo do wetland é feito por m2. Para o ozônio, calculam-se tanto o volume de água da piscina quanto a quantidade de plantas, peixes e usuários.
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As
plantas utilizadas na piscina reproduzem o ecossistema das lagoas.
Entre os peixes, nadam dourados, piraputangas, lambaris e matrinxãs. O
projeto de paisagismo contou com a colaboração de Bárbara Ucello. (Fonte: Planeta Suatentavel)
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