!6-09-2011 - Continuamos enxugando gelo
16/09/2011
Cecy Oliveira
Sucedem-se
as estações e as manchetes não mudam: “a chuva destruiu casas”, “o rio
invadiu a cidade”, “tragédia por causa da chuva”.
Como tantas
outras mortes em inundações, enxurradas, alagamentos, chuvas intensas ou
secas – que só acontecem pela absoluta irracionalidade humana em lidar
com fenômenos naturais – é mais fácil responsabilizar as forças da
natureza.
Lá, como aqui, como em Londres, a imprensa e os
especialistas atribuem à chuva a causa das inundações, da queda de
aviões, da insensatez de vidas perdidas. Ao não poder dominar a
natureza o homem em lugar de analisar seus erros prefere culpá-la por
suas mazelas.
Há pelo mundo a fora exemplos de sobra de como não
lidar com os fenômenos naturais. Mas essa lição é difícil de aprender.
Assim como as cidades se tornaram um amontoado semelhante a uma
bomba-relógio prestes a explodir, um urbanismo caótico e predatório fez
dos principais rios brasileiros verdadeiras cloacas a céu aberto.
E
incessantemente continua-se a dizer que a chuva provocou mortes, o rio
destruiu casas. Em lugar de reconhecer que as cidades é que invadiram a
área de inundação dos rios, destruíram as matas ciliares, encheram seu
leito de lixo e esgotos – ingredientes perfeitos para o transbordamento.
Autora
Cecy Oliveira é jornalista e
editora da Aguaonline. |
|
|
Notícias Anteriores
28/09/2011 - Prefeitura manda Center Norte fechar as portas27/09/2011- Rio tem metas de redução de CO227/09/2011- Organizações discutem prioridades da Amazônia para a Rio+2027/09/2011- Como surgiu o Greenpeace?26/09/2011 - Não falta água no mundo, afirmam especialistas26/09/2011 - Porto Alegre recebe 5.000 participantes do Congresso de Saneamento26/-9/2011 - Satélite UARS cai no Pacífico e destroços não foram localizados26/09/2011 - Com o vento a Favor16-09-2011 - IX Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental16-09-2011 - Alga e efluentes do etanolPágina: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Rua Santos Saraiva, 840 - salas 402/404 - Estreito - Florianópolis/SC - CEP: 88070-100 - Fone: (48) 3225-6074