28/01/13 - Estudo descobre novas florestas se regenerando em SC
28/01/2013
Um levantamento de campo que durou quatro anos para ser
concluído mostrou que, além do que já se conhecia de florestas existentes no
Estado de Santa Catarina, outros 4% do território catarinense também estão
cobertos por florestas que estão se regenerando. A coleta e análise dos dados
funcionaram como um projeto experimental que será ampliado agora para todo o
País.
A expectativa é que, até 2016, todas as informações
detalhadas das florestas brasileiras, como o volume de cobertura do território,
a qualidade dos solos, as espécies de árvores, de animais e flora estejam
relacionadas em um inventário nacional. Com este tipo de material minucioso
será possível repensar políticas públicas que hoje são voltadas para a
conservação da biodiversidade e para o uso econômico destas áreas, mas que
foram elaboradas com informações pouco precisas.
O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina foi
feito entre 2007 e 2011 pelo Serviço Florestal Brasileiro, Fundação de Amparo à
Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de
Santa Catarina (EPAGRI), Universidade Regional de Blumenau (FURB) e governo de
Santa Catarina.
No caso de Santa Catarina, dados anteriores, detectados por
satélites, apontavam que a cobertura florestal remanescente em Santa Catarina
alcançava 29% do território. Mas, quando analisaram pessoalmente as áreas, os
pesquisadores descobriram que existe vegetação pioneira e formações florestais
em estágio inicial de regeneração em outros 2% a 4% do território catarinense.
‘Normalmente o pessoal mapeia vegetação usando imagens de
satélite e isto tem dois problemas. Um deles é o tamanho do pixel [distancia de
pontos identificados nas imagens], que é relativamente grande, e outro a
vegetação quando é fragmentada em áreas pequenas de florestas não entra na
conta’, disse Daniel Piotto, gerente executivo de Informações Florestais do
Serviço Florestal Brasileiro.
Segundo Piotto, o inventário feito no campo permite a
observação destas áreas menores. ‘As florestas se regeneram rapidamente. Áreas
que foram desmatadas antes ou usadas para plantio de soja ou milho e foram
abandonadas se regeneram em cinco anos. No mapeamento que tínhamos antes não
incluía muitas destas áreas’, acrescentou.
Fonte: Agência Brasil / ambientebrasil.com.br
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